sábado, 24 de julho de 2010

Sixteen

Eu tinha apenas dezesseis quando eu a conheci e no primeiro instante ela me colocou para cima, levando-me para baixo em seguida. Eu poderia ter o que quisesse se ela estivesse comigo, nem mesmo as sirenes eram capazes de nos fazer parar, nada era bom o suficiente para nos afastarmos, ela fazia meu mundo girar depressa demais. Cada vez mais ela me tinha em suas mãos, levando-me pelo caminho que ela sempre traçara para nós, um plano para adentrar a eternidade, eu morreria por ela, eu morreria com ela. Nada era tão fascinante como tê-la em minhas mãos, deslizar minhas mãos sobre ela e sentir teu gosto em meus lábios adormecidos. Meu coração batia em extremo descompasso toda vez que eu a tinha comigo ou quando minha mente buscava e alcançava em minha memória, a imagem dela me esperando em nossos dias mais tristes, sua beleza deslumbrante; branca como a neve e forte como a maior das tempestades.
Um amor dependente nascera, um desejo incontrolável, uma conexão sem limites se estabelecia entre nós. Eu poderia tê-la amado para sempre se eu não tivesse que partir e só eu sei o quanto foi duro deixá-la para trás, meu corpo adormecera completamente pela ultima vez, pupilas dilatadas tentando enxergar por dentro da escuridão que nos envolvia de forma intensa e silenciosa. Minhas mãos tremiam ao tocá-la e senti-la pela última vez, o “adeus” me quebrou em pedaços.
Minha paixão mais intensa, a sua falta é algo que me corrói freqüentemente, o desejo de voltar atrás é constante e mesmo sabendo que fora melhor assim, dar continuidade a uma vida sem ela dói.
Hoje, embora eu fale dela com extremo pesar e saudade, eu me sinto melhor depois que ela se foi, hoje estou definitivamente limpando-a da minha vida. Eu prefiro viver sem ela a morrer por ela; o amor não é tudo isso, o amor não é capaz de tudo.

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