sábado, 4 de setembro de 2010

Mentira é doença, problema moral, necessidade ou brincadeira?


Há quem acredite que o ato de mentir vai além de um problema moral, sendo de fato uma doença. Porém, como podemos classificar uma mentira? Que critérios podemos utilizar para saber quando a mentira deixa de ser uma brincadeira e passa a ser uma necessidade? E até que ponto esta necessidade pode ser usufruída sem se tornar uma doença ou um sério problema moral?
Mesmo com todas as possíveis explicações para fazer o uso de uma mentira, nenhuma delas pode ser considerada plausível. Se fizermos uma análise profunda sobre o ato de mentir, perceberemos que a mentira possui fases onde a sua progressão é nítida. Começamos a mentir por brincadeira, com inocência e sem intenção de proporcionar o mau a outrem, depois passamos a mentir por necessidade, onde a mentira não tem como função também em causar quaisquer prejuízos a outros indivíduos, mas em beneficiar a nós mesmos. A terceira fase da mentira consiste no fato de que esta é realizada freqüentemente, sem qualquer preocupação com o que pode ser gerado a partir dela, sem escrúpulos ou moral. Passando desta, a mentira passa a ser uma compulsão, o que poderíamos considerar como uma doença.
De fato, não importa como iremos classificar uma mentira ou qual será o critério para avaliar sua relevância; seja uma doença, problema moral, necessidade ou brincadeira, a mentira não deixará de existir, pois faz parte da condição humana.